domingo, 1 de agosto de 2010

O Escritor

A noite está tão fria
Não há lua, nem estrela
Parece uma cama vazia

As nuvens se quebram ao vento
Radiante como um trovão,
Os pés livres na areia
Não tem rumo nem direção,


Distante um barco a vela
Vagando por sobre o mar,
Não tenho pra onde ir
Nem sei como lá chegar,

Vagando por sobre a terra
Ao som do chua chua.
Lembranças de tempos perdidos,
Amores que deixei pra lá.

Feito um poço vazio
Sangrei de tanto chorar,
Perdido na multidão
A noite retorno pra cá,

Sem gente, sem flor, sem chão
Sou um desses andarilhos
De dia vagando a rua
A noite a beira do rio

Não sou uma alma penada
Nem sou uma assombração,
Sou aquele pobre menino
Que um dia foi bom cidadão!

Obrigado bom rapaz!
Seu dinheiro me valeu um pão
Deus lhe pague, Deus lhe ajude!
Garoto de bom coração!


Com palavras repetidas
Mesma frase,mesmo refrão,
Um dia descrevo minha vida
Num pedaço de papel de pão
Sobre o que vejo e faço na rua
Sobre um homem que dorme no chão!

Autoria: Willian Antonio de Souza
29/07/2010

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